Além das detenções, outras dez pessoas foram constituídas arguidas e foram ainda apreendidos 200 mil euros em dinheiro físico
A Unidade Nacional de Combate ao Cibercrime e à Criminalidade Tecnológica (UNC3T), da Polícia Judiciária (PJ), executou nesta quarta-feira uma operação que culminou com a detenção de seis pessoas – duas mulheres e quatro homens, com idades entre os 25 e os 70 anos –, suspeitos de manterem uma rede de burlas informáticas.
Segundo o comunicado da PJ, o grupo organizado está fortemente indiciado da prática de crimes que tiravam partido de técnicas de roubo de dados e de dinheiro através da internet (phishing), SMS (smishing) e chamadas de voz (vishing), e ainda de sites maliciosos, que exploravam como tema o setor bancário.
Os suspeitos começavam por enviar SMS, fazendo-se passar por uma instituição bancária, que continha um texto que induzia a vítima a carregar num link que também fazia parte da mensagem: se não o fizesse, poderia vir a ser multado.
Carregando no link, abria-se um site em tudo semelhante ao da instituição bancária visada, no qual as vítimas deveriam introduzir as credenciais de acesso dos serviços de banca online. Depois, as vítimas eram ainda contactadas através de uma chamada de voz, com o criminoso a fazer-se passar por um elemento da equipa de segurança do banco, mas com o único objetivo de levar a vítima a validar uma transferência bancária ilícita já entretanto realizada pelo grupo.
A operação, que foi batizada de Bitphish e contou com o apoio do Departamento Central de Investigação e Ação Penal (DCIAP), resultou ainda na constituição de mais 10 arguidos além dos detidos, na apreensão de cerca de 200 mil euros em dinheiro físico, um prédio urbano, um automóvel, uma arma de fogo e elementos de prova.
O grupo de suspeitos vai agora responder por crimes de burla informática, falsidade informática, acesso ilegítimo, branqueamento de capitais e associação criminosa.
Deixe uma resposta